O curta de início de Sérgio Ricardo, Menino da Calça Branca (1962), e o seu primeiro longa-metragem, "Esse Mundo É Meu" (1964), podem ser juntamente encarados como experiências de filme sensorial, devido a sua combinação incomum entre trilhas sonoras muito elaboradas e uma cinematografia experimental. Apesar de possuírem uma configuração audiovisual arrebatadora, ambos os filmes permanecem pouco visto e pouco analisado. Por trás das recorrentes questões sobre como desarticular desigualdade e discriminação pela forma audiovisual surge um material sugestivo.
Sérgio Ricardo, o cantor, ator e diretor (cujo nome oficial é João Lutfi), membro da Bossa Nova e do Cinema Novo, escreveu e dirigiu "Menino da Calça Branca" e "Esse Mundo é Meu". Verdadeiro artista multifacetado, ele compôs a música de ambos os filmes assim como atuou neles. Os filmes foram rodados em favelas e arredores; o curta na Macedo Sobrinho e o longa na Catacumba. Estas favelas se localizam próximas à Lagoa Rodrigo de Freitas, áreas da vizinhança rica da Zona Sul do Rio de Janeiro. No fim dos anos 1960, apenas alguns anos depois de rodarem os filmes, ambas as comunidades foram transferidas para locais distantes com pouca infraestrutura, como parte de uma política de "limpeza" urbana. Hoje, os dois filmes oferecem um raro documento visual do tempo em que os habitantes da região eram mais diversificados.
Em ambos os filmes, Sérgio Ricardo colaborou com seu irmão, o fotógrafo Dib Lutfi2. Na época, Lutfi trabalhava como cinegrafista na TV Rio. Ele veio a ficar muito conhecido no Brasil e arredores por conta de sua habilidade técnica e criativa com a câmera na mão de 35mm. Lutfi começou como fotógrafo amador e então trabalhou com as pesadas câmeras da televisão na época, as quais eram postas sobre grandes tripés rolantes. Depois de trabalhar com este pesado equipamento, Lutfi deixou de lado o trabalho no estúdio para experimentar as câmeras leves e portáteis, que lhe permitiriam criar inesperadamente belos movimentos de câmera na mão, tais como estes que podem ser vistos em "Esse Mundo É Meu".3
O modo como som e música se articula em "Menino da Calça Branca" e "Esse Mundo É Meu" faz com que os dois filmes se sobressaiam a outros do mesmo período. Além disso, um elemento comum entre "Menino da Calça Branca" e "Esse Mundo É Meu" é o diálogo esparso. Outro notável elemento no desenho de som de ambos é o uso da trilha não como fundo, mas como comentário narrativo. Essa abordagem conecta os filmes com outras obras do seu tempo, como "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), de Glauber Rocha, um filme para o qual Sérgio Ricardo compôs e cantou a trilha sonora (Rocha escreveu as letras4). Além de tudo, a edição de ambos os filmes evita o padrão clássico de imagem e som sincronizados.
As equipes de produção por trás de "Menino da Calça Branca" e "Esse Mundo é Meu" contavam com participantes de uma intensa atmosfera artística presente no início dos anos 1960, sugerindo que mesmo estando apenas iniciando sua carreira no cinema, Sérgio Ricardo participava e, de certa forma, marcava uma inusitada interseção entre Bossa Nova e Cinema Novo5. O pioneiro do cinema moderno Nelson Pereira dos Santos montou o curta enquanto trabalhava no primeiro longa de Glauber Rocha, "Barravento" (1962). "Barravento" e "Menino da Calça Branca" foram exibidos no I Festival de Cinema da Bahia, evento que reuniu a efervescente comunidade cinematográfica da época6. Ruy Guerra, realizador moçambicano do Cinema Novo, montou "Esse Mundo é Meu7. Guerra fazia parte do CPC (Centro Popular de Cultura), braço cultural da União Nacional dos Estudantes, que produziu Cinco Vezes Favela (1962) - uma coleção de curtas que apresentava como diretores alguns dos membros do emergente Cinema Novo. O CPC não aceitou o filme de Sérgio Ricardo para fazer parte da coleção, citando problemas com as qualidades poética e lírica que não estavam de acordo com os esforços artístico revolucionários mais urgentes.
Menino da Calça Branca conta a história de um garoto que tem como amigo um artesão de bonecas (interpretado por Sérgio Ricardo). O artesão tem uma simpatia não declarada pela mãe do menino, que é solteira e leva a vida como lavadeira. Ele esculpe com ternura o rosto de uma boneca para se parecer com a mãe do garoto, e concede um verdadeiro desejo ao menino, dando-lhe uma calça branca como presente de natal.
Descalço e de bermudas rasgadas, o favelado garoto branco dá cambalhotas sem camisa pela grama, até parar numa posição de cabeça-para-baixo, na qual enxerga seu objeto de desejo por entre as próprias pernas: um homem passa vestindo uma calça branca (interpretado por Ziraldo8). Este homem passante é apresentado pelo ponto de vista do garoto, em posição de ponta-cabeça. O fotógrafo Dib Lutfi então filma o céu, para depois resgatá-lo andando na Lagoa Rodrigo de Freitas, seguindo aquele homem com a calça branca. O som das cordas vibrantes do violão enfatiza a transição espacial provocada pelo movimento cinematográfico. Não há música usada nesta cena, apenas um ruído discreto vindo da rua, que pode ser ouvido na trilha com objetivo de adicionar uma camada mais profunda para a expressão da imagem.
Em "Menino da Calça Branca", a calça simboliza para o menino um sonho de crescimento e desejo de inclusão. É notável que este seja o seu desejo porque, por exemplo, ele imita os passos de uma banda militar marchando de modo perfeitamente sincronizado. Contudo, compreendemos ao final do filme como seriam inadequadas as calças brancas para um menino normal do morro, que brinca diariamente em um ambiente lamacento, sinalizando a impossibilidade deste sonho ingênuo e despolitizado.
"Esse Mundo é Meu" é uma obra particularmente ousada em confrontar tabus. O filme começa com um solene hino religioso de matriz afro-brasileira. Também retrata o prazer sexual. Retrata um aborto ilegal não profissional (o que era altamente controverso para a época, e ainda o é hoje). Dá legitimidade ao desrespeito pelo padre - num país amplamente católico - e advoga pela união da classe social dos trabalhadores. Conseguir colocar estas pautas de esquerda em um filme era perfeitamente possível num Brasil pré-ditadura militar, algo que se tornou, no entanto, proibido depois de 1968.
A sequência de abertura de "Esse Mundo É Meu" demonstra a paisagem de fora da favela com uma série de planos longos e giratórios, incluindo muitos zoom-ins e pans. Na trilha sonora, uma versão orquestrada do hino da Umbanda Afro-brasileira inicia o filme num sentido especialmente solene, sinalizando o pretenso engajamento do filme em preencher a lacuna entre culturas popular e erudita por meio da religião sincrética não-cristã9.
Diferenças entre "Menino da Calça Branca" e "Esse Mundo É Meu" são resultado provável da intenção de Ricardo em considerar alguns comentários acerca de seu primeiro curta, criticado por conter um elenco branco e por não ser suficientemente politizado. Em montagem paralela, "Esse Mundo É Meu" conta a história de dois protagonistas, um metalúrgico branco chamado Pedro, interpretado por Sérgio Ricardo, e um sapateiro negro chamado Toninho, interpretado por Antonio Pitanga. O metalúrgico não possui dinheiro suficiente para casar com sua amada Luzia. Cenas do trabalho dele no interior de uma pequena (e verdadeira) fábrica, com música ruído diegéticos, são um dos elementos que tornam este filme particularmente distintivo10.
A sequência inicial dos créditos é onde se introduz Toninho, interpretado por Antonio Pitanga. Enquanto Toninho vagueia por uma multidão de transeuntes diários a caminho do trabalho, Ricardo canta seus nomes: "Bento, Zé, Tulão, Benedito...". O propósito disto é sublinhar que muitas pessoas compartilham a mesma luta de Toninho. A canção é seguida por um diálogo voz-over entre dois personagens secundários, que devem ser apresentados: o amor de Toninho, Zuleica, e seu namorado mais rico (porque possui uma bicicleta). Assim o filme vai para a fábrica metalúrgica. Através de imagens do cotidiano de trabalho, inicia-se um diálogo entre o segundo casal, Pedro e Luzia. Eles conversam sobre a comemoração do aniversário de Luzia, planejando visitar todos os lugares que ela adora no Rio.
Ambos Pedro e Luzia estão apaixonados, mas devido à falta de dinheiro, eles não podem pagar por um casamento formal. Apesar da tristeza visível de Pedro diante da situação, o casal decide partir para uma adorável jornada no parque de diversões para comemorar o aniversário de Luzia. Eles andam de carrossel e roda gigante. Durante a roda gigante, a trilha melancólica de Sérgio Ricardo, "A fábrica", diz em seus versos: "como pode uma mulher viver com um homem sem vintém?". Nesta cena, a música contracena com a atmosfera romântica. Ângulos impressionantes de Pedro e Luzia circulam os dois na roda gigante. A câmera sobrevoa o casal marcando entre eles um afeto sensível e amoroso em meio à vertigem. Já a câmera, posta no balanço abaixo do casal, move-se entre os corpos, o céu e outros balanços ao redor. Luzia então aparece no barraco de Pedro, ela deita na cama e ele começa a tirar suas roupas. Um plano médio evita mostrar os corpos inteiramente. A câmera fixa em seu rosto excitado.
Mesmo sendo Luzia quem inicialmente propõe ter filhos com Pedro, quando ela finalmente fica grávida, sua condição financeira quebrada motiva a decisão de fazer um aborto ilegal não-profissional. Isto, por sua vez, leva à morte dela. Pedro, agora um viúvo ressentido, lidera uma greve de trabalhadores por melhorias de salário. Ao falar sobre aborto - ainda uma das principais causas de morte de mulheres no Brasil - "Esse Mundo É Meu" aborda ainda outro tabu persistente: embora sua decisão leve à morte, essa personagem feminina detém o livre-arbítrio.
O sapateiro negro, Toninho, junta dinheiro para comprar uma bicicleta, na intenção de conquistar sua amada Zuleica. Quando ele dá por falta as economias - porque sua mãe precisara usar a quantia para pagar o funeral do padrasto - Toninho termina roubando a bicicleta de um padre. Apesar de cometer este roubo contra a Igreja, seu final na história é feliz. Depois de ter conquistado Zuleica, o novo casal cheio de vida se abraça e dispara a girar em meio a um terreno vazio. O filme celebra o afeto do casal em um movimento de câmera 360 graus, capturando o longo abraço. Quando chega ao plano médio, o cinegrafista começa a se mover na direção oposta, ao redor deles, intensificando a sensação de um encontro deslumbrante.
Situação Favela
Em seu saber crítico sobre o Cinema Novo, o professor, pesquisador e cineasta Jean Claude Bernadet considerou "Menino da Calça Branca" piegas ("mushy"). Bernadet situou o curta entre os filmes que estavam surfando essa onda favela films. Ele classificou "Menino da Calça Branca" dentro de uma limitada noção de marginalismo, caracterizada por produções independentes feitas por cineastas da classe média, os quais preferiram se aproximar das temáticas que não estavam na sua rede contemporânea. Embora entre estes cineastas houvesse a tentativa de ensinar revolução aos espectadores, Bernadet observou que, considerando seu posicionamento alinhado ao grupo nacional popular, estes cineastas puderam evitar conflitos maiores na estrutura de classe. Ao invés de focar nas contradições da vida cotidiana da classe trabalhadora, os filmes abordaram temas originados em diferentes segmentos do jovem proletariado, dos favelados da cidade e dos nordestinos fora-da-lei. Deste modo, os cineastas restaram alienados das classes trabalhadoras, apesar de suas melhores intenções12.
No início dos anos 2000, o filme Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Katia Lund, veio a fazer parte da onda transnacional chamada pelos festivais de situação favela. Alguns destes filmes ficaram muito populares entre os espectadores e a crítica internacional. Alguns outros tem provocado críticas por seus papéis em reforçar a discriminação de gênero, raça e classe. No Brasil, estas críticas tem estimulado o debate sobre como desarticular expressão visual de discriminação. Filmes de favela jogam com espaços e corpos sensíveis, tornando discriminação e desigualdade visíveis para um público transnacional de alto valor. Desta forma, estes trabalhos acabam por provocar múltiplas reações sensíveis na audiência.
Muitos governos nacionais não veem com bons olhos aquilo que eles consideram como representações negativas de seus países. No México, por exemplo, reações contundentes a "Los Olvidados" (1950), de Luís Buñuel, vindas do governo mexicano, já sugerem que tornar a pobreza visível para um público mundial pode incitar uma reação explosiva dos governos. "Rio 40 graus" (1955), de Nelson Pereira dos Santos, foi outra obra censurada, desta vez por retratar crianças da favela lutando para sobreviver. Orfeu Negro13 (Marcel Camus, 1959), por outro lado, foi um sucesso popular no Brasil e no exterior, mas sua mise-en-scène artificial ofendeu a busca por realismo e improvisação que impulsionou os Novos Cinemas.
O sentimentalismo nos filmes de Sérgio Ricardo pode parecer minar as pretensas reações revolucionárias contra as discriminações racial e de classe. No entanto, ambos os filmes abordam o trabalho, as mulheres e a religião de maneiras que não eram comuns na época. As personagens femininas fazem uma representação realista das mulheres da classe baixa daquele período: elas enfrentam as dificuldades de um aborto ilegal sem assistência ou encaram a vida de mães solteiras que têm de trabalhar duro para sustentar seus filhos.
Os primeiros filmes de Sérgio Ricardo enriquecem nosso conhecimento sobre os debates políticos e estéticos que animaram os cineastas efervescentes no Brasil do início dos anos 1960. As formas como as referências transmídia informam escolhas musicais - incluindo um hino orquestrado de umbanda, uma banda de teatro, uma canção de uma peça de Chico de Assis, um ruído atmosférico - e colaborações de outros artistas e cineastas sugerem o potencial de se pensar sobre a complexa teia de produção e circulação de arte dentro da comunidade artística daquele período.
Nos dois filmes, som e imagem rimam em um assincronismo inesperado, de modo a combinar sensualidade, movimento visual complexo, silêncio, ruído, e letras instrumentais / cantos explicativos. Esta qualidade sensorial tem potencial para desarticular o senso comum da classe audiovisual sobre raça e discriminação de gênero, abrindo horizontes para mudanças.
NOTAS:
- Elsaesser, T. a. M. H. (2009). Film Theory: An introduction through the senses. London, Routledge
- Sérgio Ricardo passaria a colaborar com o irmão Dib Lutfi em seus dois próximos longas-metragens, "Juliana do Amor Perdido" (1970) e "A Noite do Espantalho" (1974). Os dois irmãos colaboraram com Glauber Rocha em "Terra em Transe" (1967). Lutfi passaria a trabalhar com Eduardo Coutinho, Domingos de Oliveira, Nelson Pereira dos Santos, Walter Lima Jr., entre outros.
- Dib Lutfi fez o curso de cinema de Arne Sucksdorff de 1962-63, que apresentou o equipamento de som direto NAGRA para cineastas no Brasil. Em 1963-64, além de trabalhar nos filmes do irmão, Lutfi ajudou Sucksdorff em seu longa "Fábula" ou "Mitt hen är Copacabana" (1965). As diferenças entre a iluminação e o tripé "acadêmicos" de Sucksdorff, e a câmera na mão de Lutfi e suas técnicas de iluminação natural são notáveis. As diferenças sugerem as diversas maneiras pelas quais a apropriação local de técnicas estrangeiras pode resultar em estéticas diferentes. Hamburger, E. (2020). "Arne Sucksdorff, professor incômodo no Brasil." https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7287020 (acesso 15/11/2020)
- Glauber Rocha criou uma canção de cordel e pediu a Sérgio Ricardo que ouvisse as gravações que fizera de repentistas populares nordestinos cantavando e tocando rabeca em feiras populares e outros espaços públicos. Suas composições misturam velhas estruturas ibéricas com eventos e personagens em curso. Embora este estilo folclórico fosse familiar para Rocha, Ricardo precisou estudar os cordéis para compor a música. O resultado foi a conhecida canção que conseguiu trazer a cultura popular para um filme experimental. Xavier 1999 [1997], Carvalho 2011, Debs 2014.
- Leal, H. (2008). O Homem da Montanha, Orlando Senna. Carvalho, M. d. S. S. (2003). A nova onda baiana: Cinema na Bahia 1958-1962. Salvador, Editora da Universidade Federal da Bahia.
- Embora Guerra seja creditado pela edição do filme, e não pela canção, sua biografia densa e detalhada menciona a amizade com Sérgio Ricardo e a autoria da letra da canção “Esse mundo é meu”, sem mencionar o trabalho de edição. Ainda que o filme tenha sido nomeado após a criação da música, apenas o refrão principal da gravação original aparece no filme. A música reverberaria nas gravações do LP do filme, gravado por Sergio Ricardo e, posteriormente, pela famosa cantora Elis Regina. Borges, V. P. (2017). Ruy Guerra, paixão escancarada. São Paulo, Boitempo.
- Um exemplo emblemático dessa dinâmica ocorreu em 2008, com a presença do Diretor Executivo da Cinemateca Brasileira no 3º CineOP. O tema do festival daquele ano foi Política Nacional de Preservação do Audiovisual: Necessidades e desafios. Ao longo do evento, o Diretor-Executivo se posicionou firmemente contra a articulação de outras instituições do patrimônio audiovisual com representantes do Ministério da Cultura e a criação da Associação Brasileira de Preservação do Audiovisual (ABPA).
- Ziraldo também desenhou os créditos do curta. Ele também aparece no longa "Esse Mundo É Meu". A artista visual Lygia Pape desenhou os créditos do longa.
- O hino da Umbanda diz: Oxalá / meu pai / Tem pena de nós / Tem dó / A volta do mundo é grande / Seu poder é bem maior. O maestro Gaya é creditado pela música do filme, devido a estas e outras orquestrações serem dele.
- Esse Mundo é Meu inclui “Canção do último caminho”, retirada da peça de cordel "As Aventuras de Ripió Lacraia", escrita pelo dramaturgo do CPC, Chico de Assis. A peça faz parte da trilha sonora para indicar que Luzia morreu: “Nem fome nem tentação / nem dor nem amor / A sua alma tornou-se passarinho / alçapão bonito alçou voo / Foi para longe no seu caminho / Foi para o céu voar para lá.” (p. 17)
- Bernardet, J. C. (2007 [1967]). Brasil em tempo de cinema, São Paulo.
- Ver como exemplo - Cardenuto, R. (2008). Discursos de intervenção: o cinema de propaganda ideológica para o CPC e o ipês às vésperas do golpe de 1964. PPGMPA. São Paulo, Universidade de São Paulo. Mestrado. , Cardenuto, R. (2014). O cinema político de Leon Hirzsman (1976-1983): Engajamento e resistência durante o regime militar brasileiroibid. Doutorado.
- Baseado na peça original do poeta e diplomata brasileiro Vinicius de Moraes.
(Artigo traduzido do original "Introducing Menino da Calça Branca and Esse Mundo é Meu" por Michel Schettert)
_
Esther Hamburger é professora titular de Teoria e História do Cinema e da Televisão na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Ela tem um PhD em Antropologia pela University of Chicago. Trabalhando na confluência da Antropologia e dos Estudos de Cinema e Mídia, ela lida com diferentes formas em que a produção e a circulação de imagens e sons em movimento fazem parte da vida transnacional, transmídia e transcultural contemporânea. Ela publicou um livro e vários capítulos de livros e artigos de periódicos.