IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00801
IP Nº 000988
No panorama da música popular brasileira, Sérgio Ricardo sempre foi um compositor que refutou permanentemente as chamadas "tendências do mercado", preferindo manter-se fiel à sua consciência e responsabilidades. Para evitar que o consumissem como a um novo produto, recusou-se a deixar que comercializassem seu célebre gesto de revolta, quando quebrou o violãao no festival da Record e o jogou na cara do público: "Se aceitasse a imagem do compositor temperamental, hoje, seria marcar de 'blue-jeans'". Abandonando a evidência, de 1968 para cá Sérgio Ricardo refugiou-se em suas pesquisas, seus filmes. Apareceu menos na televisão, poucas vezes em festivais, e limitou-se ao cultivo de um público, em sua maioria estudantes, que às vezes o mantém em atividade numa média de três "shows" por semana. Agora, surge seu novo LP (o oitavo em quinze anos), da Continental, cujo título é apenas, "Sérgio Ricardo". "Todo mundo influiu no disco", diz Sérgio. "Os arranjos foram feitos por nós mesmos e esta foi a primeira vez que eu vi um disco sair exatamente como eu desejava".