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A notícia chegou lacônica, através de um comunicado da Fundação Leão XIII, órgão subordinado à Secretaria de Governo: estava decretada a demolição de 306 barracos da favela do Vidigal. A ação de despejo, segundo a Fundação, seria completada com a remoção dos moradores, cerca de duas mil pessoas, para o conjunto residencial de Antares, localizada a mais de 70 quilômetros, próximo a Santa Cruz. A área corresponde ao trecho localizado entre o Hotel Sheraton e o Vip´s Motel. Coube à Associação dos moradores da Vila do Vidigal, que costuma reunir-se no barraco do compositor Sérgio Ricardo, notificar o acontecido à CPI das Favelas do Grande Rio, exigindo explicações mais detalhadas. O terreno no qual se localizam os 306 barracos é propriedade da sra. Yvette Palumbo, que registrou em cartório uma certidão de venda do terreno em benefício da Rio Towers Hotéis Ltda. O contrato estipula o prazo máximo para remoção dos barracos, que caso não cumprido, tornará o contrato sem efeito com devolução de quantias pagas. Há projeto de construção no local de um conjunto de doze edifícios de apartamentos. A ação de despejo foi suspensa pela interferência do cardeal D. Eugênio Salles e do advogado Sobral Pinto.