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IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00781

Em torno de Gláuber,

IP Nº 000948

Em entrevista publicada no Jornal do Brasil de 16 de janeiro de 1973, Gláuber Rocha faz em Roma sua autocrítica ao jornalista Araújo Neto, onde se revolta "contra o monstro que ajudou a criar". Afastado do cinema brasileiro pela "desfiguração sofrida por um movimento de renovação", Gláuber acha que a atual indústria de cinema brasileiro, baseada no modelo Cinema Novo que se firmou entre os anos de 62 e 68, traiu o seu fundamento. Como produtor de cinema cultural, Gláuber acredita que este é o único que ficará. Sobre a entrevista, o depoimento de diretores e produtores, muito deles companheiros de Gláuber na aventura do Cinema Novo. - Gláuber está muito lúcido. Concorda inteiramente com o que diz e o que acho importante: é que Gláuber faz exatamente o que fala. A maior parte dos cineastas brasileiros fala, mas não faz. Pelo que tenho me informado, verifico que a realidade no momento não está permitindo nenhuma esperança para esta juventude que está querendo fazer cinema. A alternativa é o dinheiro do exterior entrando, num entrosamento entre os diretores que querem fazer cinema cultural de verdade e o sistema que está protegendo muito mais o cinema de indústria. Os cineastas - muitos deles - falam em jornais, fazem mil papagaiadas, mas realizou filmes concessivos. Sérgio Ricardo

autor RANGEL, Maria Lúcia.
edição
imprenta Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1973.
descrição física 2 recortes de jornal.
assuntos MÚSICA POPULAR BRASILEIRA / CINEMA BRASILEIRO / GOLFINHO DE OURO (PRÊMIO) / ESTÁCIO DE SÁ (PRÊMIO) /
estado de conservação Bom
identificadores ANOS 70 / RIO DE JANEIRO / MUSEU DA IMAGEM E DO SOM /ROCHA, Gláuber / RICARDO, Sérgio, 1932-2020 /
notas

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