IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00757
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Hoje e amanhã o programa é o Opinião. Passando por má fase (como a grande maioria dos teatros desta paróquia), o Opinião tenta se aprumar e conta para a empreitada com o amor e a dignidade de um grupo de intérpretes da nossa melhor musica popular. Gente que pode, sem duvida, dizer "muito obrigado" ao clima que o Opinião soube construir e preservar - um clima fundamentalmente brasileira e descompromissado, dentro da noite alienada da cidade. O Teatro Opinião foi, sempre, consequente e sério. Propôs-se, invariavelmente, a um trabalho-marco, que surtiu os efeitos desejados. De repente, as dívidas, A ausência de publico, esse caos em que se encontra a MPB - e, em lugar de caos, talvez fosse mais honesto escrever silencio. Vai dai, me associo - meio de bicão ao gesto de extrema dignidade que alguns artistas lançando, a partir de hoje, para salvar uma casa da maior importância. E faço questão de publicar o nome de todos, para que você sinta que nem só de guerrinhas e estrelismo vive o famigerado "cenário artístico nacional". Quase sempre, quando tocam a sirena de alarme, a moçada corre e age. Estarão cantando no Opinião, sem cobrar um centavo, as seguintes pessoas: Chico Buarque, MPB-4, Paulinho da Viola, Sérgio Ricardo, Sidney Miller, Naná e os Africadeus, Milton Nascimento, Sá, Rodrix e Guarabira, Conjunto Som Imaginário. Em nome de uma emergência - creio eu - se farão dois espetáculos sensacionais.