IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 01063
IP Nº 000754
Eles já estavam cansados de desabafar, de denunciar, de protestar. Não aguentavam mais ver seu trabalho prejudicado por tantas e tão poderosas adversidades. Finalmente convencidos de que os esforços individuais a nada levava, os músicos brasileiros decidiram unir suas forças e criaram a Sombras (Sociedade Musical Brasileira), que tem como finaliddae estudar, preservar e divulgar a música nacioonal defendendo os direitos por ela gerados. A ideia é do compositor e cineasta sérgio RIcardo. No último Festival de Cinma de Cannes, ele conversou com Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos sobre a convejniência da criação de um órgão que amparasse compositores, intérpretes e instrumentistas. Solidários, os dois cineasta não só se entusiasmaram com a proposta como sugeriram o nome, Sambras, segundo Glauber, Sombrás, segundo Sérgio Ricardo. O acento caiu por ser o sufixo com acento exclusivo do governo. A adesão foi maciça e elegeu-se uma diretoria provisória de notáveis, como Antonio Carlos Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque de Hollanda, Turíbio Santos, Gutemberg Guarabira, Jerry Adriani, Marlene, Marlos Nobre e Paulinho da Viola. O show Ensaio Geral, no Teatro Casa Grande, arrecadou fundos para a entidade, permitindo promover ações em defesa dos direitos dos associados.