IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 01577
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O cultuado compositor Sidney Miller é lembrado na Funarte. Ao calar sua própria voz em 1980, aos 35 anos, o compositor, músico, letrista, produtor, escritor e diretor teatral Sidney Miller interrompeu uma das mais promissoras carreiras da música brasileira. No entanto seu gesto não foi capaz de apagar uma obra que, em seu início de carreira, para seu desespero, foi comparada à de Chico Buarque pela linha melódica e pelas letras que não se baseavam apenas na temática de protesto quase que obrigatória à época. Sidney Miller - que na definição de Caetano Veloso era ao mesmo tempo influenciado pela bossa nova e apaixonado pelo samba tradicional - cultivava o conteúdo poético e melódico em detrimento de inovações. Mais de 20 anos depois de sua morte, o autor de obras-primas como "A estrada e o violeiro", "Pede passagem", "O circo" e "Nós, os foliões" recebe uma homenagem à altura de sua produção, amanhã e terça-feira, às 18h30, na sala que leva seu nome na Funarte, com uma mesa-redonda mediada por Sergio Cabral, exposição de fotos, manuscritos e um show com amigos como Paulinho da Viola, Sérgio Ricardo, Jards Macalé e Maria Medalha.