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Sérgio Ricardo comemora 50 de anos de carreira com novo disco e outros projetos. Quem assistiu aos festivais dos anos 60 com certeza não viu nada de novo no Festival da Música Brasileira, que terminou ontem, em São Paulo. Se o nível das canções apresentadas ficou abaixo da crítica, também faltou ao evento da Globo a irreverência e o tom de rebeldia que eletrizaram as plateias politizadas dos anos de chumbo. Um dos artistas que brilharam naqueles tempos tem uma explicação para isso. Sérgio Ricardo, que ao interpretar "Beto Bom de Bola" durante o Festival da Record de 1967 reagiu às vaias quebrando o violão em pleno palco, acha que a televisão brasileira perdeu o trem da história em termos musicais. Com 50 anos de carreira, esse paulista de Marília que mora em frente ao morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, está cheio de novidades. Acaba de escrever um livro de poemas, que está sendo revisado pelo poeta Thiago de Mello; lança ainda este mês a trilha da "Estória de João Joana", espetáculo feito a partir do cordel escrito por Carlos Drummond de Andrade; e, no ano que vem, coloca nas lojas o CD "Quando Menos se Espera", com suas melhores composições. Tudo isso para comemorar 50 anos de carreira.