IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 01531
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Sérgio Ricardo está com dois CDs prontos e encabeça projeto cultural em Niterói. Ao voltar da Itália em 1966, largando um contrato com a RCA, que queria lançá-lo como substituto do cantor romântico Sergio Endrigo, Sérgio Ricardo pensava em perseguir uma imagem que viu na capa de um disco de Nara Leão cantando sambas de morro. Para ele, seus intricados sambas sociais teriam espaço e poderiam contribuir para as mudanças políticas que o Brasil precisava. Assistiu ao Festival da Record do mesmo ano e ficou maravilhado. Em 1967, inscreveu "Beto Bom de Bola" e chegou à final. Mas, revoltado com o tratamento do público dava aos intérpretes, quebrou o violão. Mal sabia ele que a atitude passaria a simbolizar a sua própria existência como artista. Ator, pintor, cineasta e compositor, depois de um hiato de 20 anos, Sérgio Ricardo está com dois discos prontos, um com a "Estória de João Joana", poema sinfônico sobre um cordel de Carlos Drummond de Andrade, e outro com releituras de algumas canções e composições inéditas. Sérgio também encabeça um projeto da Secretaria de Cultura de Niterói que pretende, a partir da Lona da Cantareira e do Teatro Municipal de Niterói, criar palcos abertos, ampliando as chances para o fortalecimento de novos artistas. - O prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, endossou o projeto. Niterói fica a dois passos do tambor cultural do país que ainda mudo, nada acontece aqui - diz, de seu apartamento, no pé do Morro do Vidigal.