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Talento e irreverência marcaram sua trajetória. Um desses momentos de indignação rendeu-lhe notoriedade. Foi nos anos 60, quando, vaiado em pleno palco, ele quebrou seu violão como resposta. Trata-se de Sérgio Ricardo, 60 anos, cantor, compositor, cineasta, ator e escritor, para ficar apenas nessas profissões. Há um bom tempo sem espaço na mídia - já que admite que com os meios de comunicação não tem mantido um bom relacionamento -, Sérgio Ricardo veio a Goiânia para um show, no último sábado, no Shopping Bougainville. Entre um acorde e outro do piano que tocava, no ensaio da última sexta, no Teatro Goiânia, o cantor fez uma pausa para conceder entrevista a O Popular. Falou de vários aspectos de sua carreira e da polivalente atuação desde os tempos da Bossa Nova, que para ele "pelo menos no início não foi um movimento, mas uma contribuição individual de João Gilberto para a MPB". Para explicar o episódio do Festival da Record e a quebra do violão, Sérgio Ricardo lançou o livro Quem Quebrou Meu Violão. Na musica sua mais recente produção é o CD Um Sr. Talento, de cuja falta de modéstia do título ele se esquiva. Terra em Transe e o Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro foram produções que marcaram a atuação de Sérgio Ricardo ao lado de Gláuber Rocha, uma amizade que até hoje o cantor enaltece. O artista atira pesadas farpas na atual política cultural brasileira e não perdoa a corrupção que assola o poder, em Brasília.