IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 01412
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Sérgio Ricardo não concorda com o que Ruy Castro escreveu sobre o movimento musical. Mal chegou às livrarias, o livro Chega de Saudade - a história e as histórias da Bossa Nova, escrito pelo jornalista Ruy Castro e lançado pela Companhia das Letras, conquistou o primeiro detrator: o compositor Sérgio Ricardo. "O Ruy Castro defende a direita da Bossa Nova. Os que tinham consciência de que era preciso mudar aquela ditadura militar foram achincalhados. Eu, o Vinícius, a Nara Leão, a Elis Regina e até o João Gilberto que, segundo o livro, fumava maconha", desabafa eles. As mais graves das "acusações pessoais" contra Sérgio Ricardo seriam três: a de que ele participou do histórico show que lançou a bossa nova no Estados Unidos, em 1962, no Carnegie Hall em Nova Iorque, porque bajulava a organizadora, Dora Vasconcelos; a de que foi Sérgio Ricardo o fornecedor dos dados para que o crítico José Ramos Tinhorão arrasasse este mesmo show na edição de 8 de dezembro de 1962 da revista O Cruzeiro; e a de que Sérgio Ricardo teria se "apropriado" de cantadores nordestinos para compor a trilha sonora do filme Deus e Diabo na Terra do Sol, de Gláuber Rocha. É esta tal "apropriação" - uma referência contida no final do livro, na página 402 - que deu a Sérgio Ricardo a explicação par todo o "deboche" e a "ridicularização" feitos por Ruy Castro. "É até um desrespeito à memória de Gláuber Rocha, que foi meu parceiro.