IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 01339
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"Todo mundo entendeu quando Zelão chorou.../Choveu, choveu, a chuva jogou seu barraco no chão/nem foi possível salvai violão"... foi grande sucesso de Sérgio Ricardo. Em 1968 ninguém entendeu por que Sérgio Ricardo destruiu seu violão, num enfurecido happening diante da plateia do Maracanãzinho dos velhos festivais que havia vaiado uma sua música menos inspirada. Hoje, o homem já não perde as estribeiras em público. Está terminando um filme, preparando um espetáculo sinfônico e, enquanto isso, apresenta-se, de hoje a sábado, na Sala Funarte, no Projeto Pixingão, às seis e meia da tarde. Os expectadores mais jovens terão chance de ouvir o lamento de "Zelão", composto há mais de 20 anos, uma música que jamais foi vaiada e que ficou como uma espécie de divisor de águas do movimento da bossa-nova. Em "Zelão", pela primeira vez a temática social entra nos acordes dissonantes do violão que cantava "o mar beijando a areia" e olhos que brilhavam mais que o luar. Foi assim que Sérgio Ricardo se tornou um dos compositores preferidos de Gláuber Rocha. Todos se lembram de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", onde ele pregava que sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão".