IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 01313
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Sérgio Ricardo estreia amanhã em Curitiba. E vem com um show incensado por público e crítica, tangendo limpa homenagem aos setenta anos do poeta Dorival Caymmi. Conjugação de dois artistas enormes, no gesto enorme de fraternidade, essa virtude tola e quase vadia - sempre escassa nos usos e costumes da província obtusa. É que ela, a província obtusa, sendo tribal é por extensão antropófaga... Não tendo as pernas da Elba Ramalho, nem os berloques dos baianos, Sérgio Ricardo, nem por isso, tem deixado de compor uma admirável trajetória de criação, em terras tupiniquins - com seu talento múltiplo, inquieto e trabalhador. A arte não é decididamente tarefa para preguiçosos. Coisa santa - Depois da estreia do balé João Joana, em maio, no Rio, chegou a vez de Sérgio Ricardo - que musicou o cordel de Carlos Drummond de Andrade, escrito especialmente para ele - lançar o disco com as músicas do espetáculo, "João Joana é a história de uma mulher que, tendo de se submeter aos problemas do sertão nordestino, se vê transformada em homem para não ser escrava de um escravo". Quanto à parceria com o poeta, foi sucinto: "Era a coisa mais santa que podia ter me acontecido."