SÉRGIO Ricardo, identificado com o povo. E cantando Caymmi.

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As aparições do cantor, compositor, cineasta e músico Sérgio Ricardo por São Paulo têm sido muito esporádicas. Esteve nos comícios, fez um ou outro show e debita esta ausência na própria realidade cultural, no que chama de jogo de cartas marcadas. Há dificuldade para se fazer disco, consequentemente para ser tocado no rádio e por fim para conseguir um palco. Sérgio Ricardo ao piano e violão ocupa a Sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo. A chegada a este palco remete a uma história recente. No dia 1º de maio último, o Balé da Cidade deveria estar estreando "A Estória de João Joana", o único cordel escrito por Carlos Drummond de Andrade, que Sérgio Ricardo musicou e o maestro Radamés Gnatalli fez os arranjos para a sinfônica. A única informação que Sérgio Ricardo teve foi de que não houve tempo suficiente para os ensaios e que a montagem teve de ser cancelada. Como fez tudo conforme conversas com o secretário Municipal de Cultura, Giafrancesco Guarnieri e com Fernando Peixoto, diretor do Departamento de Teatros, não chegou a assinar contrato.