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Antes do show que vai ser apresentado no Teatro Municipal, onde Sérgio Ricardo vai mostrar toda a sua vida artística, ele também vai participar de uma noite de autógrafos. A noite de autógrafo, vai mostrar o Sérgio Ricardo poeta e nessa ocasião a editora de livros Civilização Brasileira, fará o lançamento do seu livro de poesias intitulado "Elo Ela". Segundo Antonio Houaiss, que fez o prefácio do livro de Sérgio Ricardo, assim ele comenta a obra: "são de todos nós, mas pouco de nós sabemos, com elas, dizer o sentimento e as emoções e as tristezas e os espantos que todos compreendemos e admiramos nesses que, poucos sabem usar delas assim". O show "Ponto de Partida" - Além do lançamento do livro, Sérgio Ricardo, como vem sendo anunciado largamente, vai se apresentar no show "Ponto de Partida", um espetáculo que pretende mostrar aos marilienses, seus conterrâneos, toda a sua trajetória artística desde o dia em que saiu para viver em outras cidades - Santos e Rio de Janeiro - e de onde surgiu para conquistar grande expressão musical e cinematográfica. Sérgio Ricardo : vida e obra - O meu touché no piano era o de um pianista clássico. O que eu tentava compor tinha um sabor mais popular, popularesco mesmo, resultado das influências que eu tinha recebido na infância, misturadas com o clássico. Não havia uma ponte, que seria a influência urbana - no caso, o jaz da época. De fato, João nunca se preocupara muito com o jazz. E percebeu que para imitar os pianistas da época, deveria acompanhar a tendência do momento, isto é, tocar como os pianistas de jazz americanos. O primeiro emprego no Rio foi uma boate de Copacabana no posto 5, onde costumava aparecer dois nomes ainda desconhecidos do grande público: Johnny Alf e Tom Jobim. Este estava saindo para trabalhar como arranjador e João ficou no seu lugar. Nos 50 anos de nascimento de Sérgio Ricardo - João Lutfi, compunha moderadamente, sem muita "pretensão", e não tinha coragem para mostrar o que fazia. Quando já tinha um número razoável de músicas resolveu cantar, acompanhando-se ao piano. Era época de cantores de boate mais cotados na época, os românticos - Lucio Alves, Dick Farney, etc; Uma noite o compositor Nazareno de Brito ouviu o pianista - cantor e convidou-o para gravar na RGE. Saiu um 78 rotações, onde João ainda não cantava suas composições, mas lançava-se como cantor profissional, o disco fazendo sucesso no Rio, em São Paulo e até no norte. Logo veio o segundo 78 rpm, onde João já conseguiu encaixar uma música sua - Cafézinho. E o outro lado ainda continuava pertencendo a Nazareno Brito.