IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00937
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O enfoque social é bem nítido, tanto nas suas músicas quanto nos filmes, por isso mesmo o compositor e cineasta Sérgio Ricardo pode caracterizar, em linhas gerais, os novos rumos tomados pelo cinema nacional - depois de uma frase, ainda existente, de retomada de mesma fórmula aplicada em filmes durante a década de quarenta e cincoenta. O mal cuidado lançamento da "Noite do Espantalho" - que ele trouxe para I Festival do Cinema Brasileiro - afugentou das salas de sessões o grande público brasileiro, ao contrário dos espectadores de Nova Iorque que aplaudiram o filme no último festival de cinema realizado nos Estados Unidos, com figuras importantes do cinema mundial, como Bunuel, Cassavet e outros. "O filme é meio especial, teria que ser lançado com muito zelo para haver motivação popular, diz Sérgio Ricardo, lamentando o alto preço cobrado - 50,00 - na estreia do filme, baixando no dia seguinte para a taxa normal. Porém, alem dos desacertos comerciais, um outro fator vem se juntar para, juntos, gerarem a má receptividade do público a um filme de alta importância social. É a "preguiça mental do homem classe média", segundo Sérgio Ricardo.