IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00912
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Consta que o filme está fazendo extraordinário sucesso popular no Recife, onde mais gente teria ficado de fora do que conseguira entrar, na noite de estreia. No exterior, a repercussão foi igualmente muito boa, com críticos falando de obra-prima. De fora, Glauber Rocha também manda recado - é um filme que ele gostaria de ter feito, o que é fácil de explicar porque A Noite do Espantalho é o único glauberiano que não foi feito pelo próprio Glauber - e que ele possivelmente não teria tido condições pessoais de realizar; pois, se é verdade que sua influência é marcante na aparência geral do filme, o inegável é também que este Espantalho identifica-se principalmente com seu autor Sérgio Ricardo, que, pela primeira vez, conseguiu unir o cineasta e o compositor extremamente criativos, que nele coexistem, numa versão coerente e harmoniosamente inventiva. Talvez seja apressado chamar o filme de obra-prima, e é até possível que a plateia carioca não reaja tão favoravelmente à fita quanto a do Recife. Se tal for o caso, pior para o Rio, que perderá a oportunidade de ter em cartaz, durante o tempo merecido, um dos filmes mais bem feitos, inspirados e renovadores do cinema brasileiros nos seus últimos anos. Cinema - Lançamento A Noite do Espantalho - de Sérgio Ricardo. Musical folclórico. Brasileiro. Colorido. Com Rejane Medeiros, José Pimentel. Música de Sérgio Ricardo