IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00906
IP Nº 001395
Segunda-feira estreiam mais dois filmes brasileiros, os quais, somados aos três que tiveram lançamento na semana passada, ocupam um número de salas exibidoras em quantidade incomum para a produção nacional. Pode parecer que o fato traduza uma conquista e é possível até que assim seja. Mas essa diversificação, para uma platéia que não está ainda habituada à escolha dentro da produção nacional pode, também, ser mais prejudicial do que benéfica. Importa, no entanto, registrar que os dois novos lançamentos, a exemplo dos que os antecederam nesta semana, são filmes dos quais se podem esperar boas coisas. Tanto A Noite do Espantalho, de Sérgio Ricardo, quanto O Último Malandro, de Miguel Borges, são trabalhos nos quais seus realizadores se empenharam a fundo e convictamente. O Espantalho se propôe como uma espécie de musical ou ópera do sertão nordestino, o Malandro é um registro interpretativo sobre o fim da boêmia lírica de um remanescente empedernido da filosofia da "conversa mole" e dos "arranjos".