IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00904
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Não me parece que esteja certo definir "A Noite do Espantalho" como um musical. O elemento som/música conduz , em grande parte, a ação, mas acima do som está a imagem. É ela que grita mais alto, que impressiona e fala diretamente ao espectador. Mesmo nas ocasiões em que o canto está impregnado de conteúdo, transmite os acontecimentos, narra - mais do que ele , densamente barroca, agredindo o sensível, com o seu rebuscado, com o seu barrouquismo, "A Noite do Espatalho" é um filme essencialmente visual (a presença de Dib Lutfi é, no mínimo, tanta quanto a do diretor Sérgio Ricardo), que simplesmente incorpora ao seu contexto a música, o canto, e uma forma interpretativa mais ou menos dançada.