IMPRENSA|CLIPPING IMPRESSO |IM 00893
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Compositor e cineasta que se iniciou ao tempo da bossa nova e do cinema novo, Sérgio Ricardo procurou durante mais de 10 anos conciliar essa dualidade de interesses, inclusive fazendo trilhas sonoras dos próprios filmes e das obras de outros cineastas. A Noite do Espantalho - que estréia 2ª feira - representa para ele a sínteses ideal de sua música e de seu cinema, numa ópera trágica e fantástica que se baseia no rico folclore nordestino e fala de amor e conflito social no meio rural. No fim do mês, o filme será exibido no Festival de Nova Iorque, depois de ter sido apresentado nas manifestações paralelas do Festival de Cannes. - Acontece que vivo especificamente de duas profissões: do cinema e da música. Na verdade, viver mesmo, auferindo lucros, só de música. O cinema me tem dado mais uma satisfação pessoal de criação. De modo que, sempre que consigo uma situação econômica que me permita fazer um filme, mesmo com ligação de outras pessoas, parto para fazer - dizia Sérgio Ricardo em outubro de 1970, entrevistado por Geraldo Mayrinck para a revista Filme Cultura.