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SR NA LITERATURA|Textos em prosa |LP 00073

UMA NOITE EM 67

IP Nº 005175

Texto analítico-reflexivo sobre os fatídicos acontecimentos do Festival da Música Popular Brasileira de 1967, inspirado pelo lançamento do documentário "Uma noite em 67", lançando nos cinemas em 2010. "Conto que ao voltar de Roma onde passara um ano a trabalho, só ouvia falar de festivais. Convidado por Solano Ribeiro a participar do próximo, criei o Beto Bom de Bola, baseado na carreira do Garrincha e o inscrevi no festival. Como peixe fora d'água, não havia assimilado que havia um tipo específico de música de festival, nem que por trás daquilo houvesse uma armação. Só vim a saber depois de ter visto o filme "Uma noite em 67", agora, 43 anos depois. As declarações de Paulo Machado de Carvalho, diretor da Record, esclareceram tudo:" Para o êxito do espetáculo era preciso se escolher o mocinho o bandido, a eroina etc. etc." Então não seria pelo mérito das canções? Minha música não teria chegado à final se não fosse boa. Afinal o juri era composto por intelectuais, músicos e criticos do primeiro time. A única pessoa que poderia opor-se à letra do meu samba seria o próprio P.M. de Carvalho. Eu fazia em meus versos, uma menção negativa aos cartolas, e vim a saber depois que seu pai fôra o maior cartola de S.Paulo. Terá sido por isto que me escalou como o bandido de sua epopéia? O público não teria porque vaiar uma música sobre o futebol. Seu conteudo era perfeitamente coerente com a alma piedosa de nosso povo."

autor RICARDO, Sérgio, 1932-2020
edição
imprenta Rio de Janeiro [2010]
descrição física 1 arquivo digital (3 p.); doc ISBN Registro BN: 999 + 1 cópia impressa
assuntos FESTIVAL / BETO BOM DE BOLA / DOPS / IBOPE / TELEVISÃO / PROTESTO / FARSA
estado de conservação Bom
identificadores RIO DE JANEIRO / 2010
notas O texto faz menção a Solano Ribeiro, Mané Garrincha, Paulo Machado de Carvalho, Zuza Homem de Melllo, Elis Regina, Gilberto Gil, Chico Buarque, Edu Lobo, Tom Jobim, Capinan e Johnny Alf.

O texto faz menção ao documentário "Uma noite em 67", sobre o Festival da Música Popular Brasileira, lançado em 2010.

Foi nessa edição do festival, em 67, que Sérgio Ricardo quebrou seu violão, atirando-o contra a plateia que o vaiava sem permitir que ele apresentasse sua canção.

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